Compreendo que os objectivos de quem anda nestas “andanças” não sejam todos iguais, acredito até que alguns até têm boas intenções. Porém, continuo a achar todos aqueles colóquios de auto-ajuda, de desenvolvimento pessoal uma aldrabice, uma seita de comércio de conceitos bonitinhos!!!
É como aqueles bombons de recheio intragável que vêm embrulhados nos papelinhos dourados, barulhentos e chamativos para as criancinhas.
A finalidade até que é boa, mas a partir do momento que se “vendem” e “compram” pacotes de “como alcançar o sucesso profissional” (ou amoroso), tudo se transforma, para mim, em pura “burlice”.
Desejo a todos os que acreditam a maior felicidade do mundo e, caso eu esteja enganada, me mostrem isso mesmo. Enquanto isso, vou desenvolvendo as minhas capacidades profissionais, sociais e académicas, esforçando-me para ser uma melhor pessoa a cada dia que passa, com uma fortaleza emocional e espiritual dentro de mim. E esse segredo é exclusivamente meu, não se aplica a mais ninguém.
Adriana
Como está o meu espírito? Há dias em que me sinto alegre, outros furiosa, outros maravilhosa, outros desiludida. Entendo que poderemos conhecer-nos melhor se compreendermos essas sensações. Este blog é o meu dia-a-dia de sentimentos. Partilhem as vossas sensações e sensibilidades também.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
A felicidade presente
Ao longo destes 6 meses, partilhei o resumo que fiz do livro "A Conquista da Felicidade", de Bertrand Russel.
É um livro simples, que dá muito ensinamentos da forma como evitar a infelicidade e alcançar a felicidade. A felicidade que ele fala não é aquela sensação temporária e efémera, é aquele sentimento diário de tranquilidade, paz e amor.
Espero que tenham gostado.
Adriana
"A Conquista da Felicidade", parte 2.8 (O Homem Feliz)
“Há coisas indispensáveis à felicidade da maioria dos homens, mas são coisas simples: a alimentação, a casa, a saúde, o amor, o êxito no trabalho, o respeito das pessoas que nos rodeiam. Para alguns, ter filhos é também essencial. Quando tais coisas faltam, somente o homem excepcional é capaz de alcançar a felicidade.”
“Quando as circunstâncias exteriores não forem manifestamente desfavoráveis, o homem deve ser capaz de alcançar a felicidade, se as suas paixões e interesses forem dirigidos para o mundo exterior, em vez de se concentrarem em si próprio. Devemos pois procurar, tanto na educação como nos esforços de adaptação ao mundo, evitar essas paixões egocêntricas e adquirir afeições e interesses que impeçam os nossos pensamentos de se fixarem perpetuamente em nós próprios.”
“É o medo a principal razão que torna os homens tão relutantes em aceitar a verdade dos factos e tão desejosos de se envolverem no manto quente do mito.”
“Além disso, os que se aludem a si próprios geralmente têm, no fundo, a consciência de que o fazem, e vivem em permanente estado de apreensão, com receio de que um acontecimento desagradável os obrigue a encarar a verdade.”
“O homem feliz é o que vive objectivamente, o que tem afeições livres e interesses vastos, o que garante a sua felicidade com esses interesses e afeições, pois eles, por seu turno, tornam-se objecto de interesse e afeição para muitos outros.”
“Os moralistas tradicionais, por exemplo, dirão que o amor deve ser desinteressado. Em certo sentido têm razão, pois o amor não deve ser egoísta em excesso, mas, segundo toda a evidência, deve ser de tal natureza que a felicidade do próprio indivíduo esteja ligada ao seu sucesso.”
“Graças a tais interesses, um homem acaba por se sentir simples elo da corrente da vida e não sólida entidade isolada, à maneira das bolas de bilhar que não têm qualquer relação umas com as outras a não ser quando se chocam. Toda a infelicidade resulta de uma desintegração ou falta de integração; há desintegração no Eu por falta de coordenação entre o consciente e o inconsciente; há falta de integração entre o Eu e a sociedade quando os dois não estão unidos pela força dos interesses e afeições objectivas. O homem feliz é aquele que não sofre de nenhuma destas faltas de unidade, cuja personalidade não está dividida contra si própria nem em conflito com o mundo. Um tal homem sente-se cidadão do universo, goza livremente o espectáculo que ele lhe oferece e as alegrias que lhe permite, sem se perturbar com o pensamento da morte, porque realmente não se sente separado daqueles que vierem depois dele. É nessa união profunda e instintiva com a corrente da vida que se podem encontrar as alegrias mais intensas.”
Bertrand Russel
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
"A Conquista da Felicidade", parte 2.7 (Esforço e resignação)
“É necessário recorrer ao meio-termo para estabelecer o equilíbrio entre o esforço e a resignação.”
“A felicidade não é, a não ser nalguns casos muito raros, uma coisa que caia na boca como um fruto maduro pelo simples concurso de circunstâncias propícias. (…) Pois num mundo tão cheio de infortúnios evitáveis e inevitáveis, de doenças e complicações psicológicas, de luta, miséria e má vontade, o homem ou a mulher que quiser ser feliz tem de encontrar os meios de lutar contra as múltiplas causas de infelicidade a que todos os indivíduos estão expostos.”
“A felicidade deve ser, para a maior parte dos homens e mulheres, uma realização mais do que uma dádiva dos deuses e nessa realização o esforço, tanto interior como exterior, representa um papel muito importante.
"Um certo desejo de poder deve ser, portanto, aceite como parte do equipamento dos homens com que pode ser formada uma sociedade sã.”
“Muitas pessoas impacientam-se ou encolerizam-se por qualquer ninharia que não corre ao seu gosto, e assim desperdiçam uma grande quantidade de energia que podia ser empregada com maior utilidade.”
“Algumas pessoas são incapazes de suportar com paciência esses pequenos dissabores que compõem, se a isso lhes dermos azo, uma grande parte da nossa vida. Ficam furiosos quando perdem o comboio, cheios de raiva quando o jantar está mal cozinhado, desesperados quando o fogão enche a casa de fumo, e proferem ameaças terríveis contra toda a organização industrial quando a roupa tarda a chegar da lavandaria. A energia que essas pessoas desperdiçam em tais insignificâncias, seria suficiente, se fosse bem empregada, para fazer e desfazer impérios.”
“A inquietação, a impaciência e a irritação são emoções que para nada servem. Os que as sentem com intensidade afirmam que são incapazes de as dominar, e eu tenho a impressão que elas não podem ser vencidas senão com um pouco dessa resignação fundamental de que falámos anteriormente.”
“Um certo género de resignação está compreendido na disposição para enfrentar a verdade tal como ela é; essa resignação, embora de princípio possa causar sofrimento, acaba por dar uma protecção – em verdade a única protecção possível – contra os desapontamentos e desilusões a que está sujeito aquele que se engana a si próprio.”
Bertrand Russel
“A felicidade não é, a não ser nalguns casos muito raros, uma coisa que caia na boca como um fruto maduro pelo simples concurso de circunstâncias propícias. (…) Pois num mundo tão cheio de infortúnios evitáveis e inevitáveis, de doenças e complicações psicológicas, de luta, miséria e má vontade, o homem ou a mulher que quiser ser feliz tem de encontrar os meios de lutar contra as múltiplas causas de infelicidade a que todos os indivíduos estão expostos.”
“A felicidade deve ser, para a maior parte dos homens e mulheres, uma realização mais do que uma dádiva dos deuses e nessa realização o esforço, tanto interior como exterior, representa um papel muito importante.
"Um certo desejo de poder deve ser, portanto, aceite como parte do equipamento dos homens com que pode ser formada uma sociedade sã.”
“Muitas pessoas impacientam-se ou encolerizam-se por qualquer ninharia que não corre ao seu gosto, e assim desperdiçam uma grande quantidade de energia que podia ser empregada com maior utilidade.”
“Algumas pessoas são incapazes de suportar com paciência esses pequenos dissabores que compõem, se a isso lhes dermos azo, uma grande parte da nossa vida. Ficam furiosos quando perdem o comboio, cheios de raiva quando o jantar está mal cozinhado, desesperados quando o fogão enche a casa de fumo, e proferem ameaças terríveis contra toda a organização industrial quando a roupa tarda a chegar da lavandaria. A energia que essas pessoas desperdiçam em tais insignificâncias, seria suficiente, se fosse bem empregada, para fazer e desfazer impérios.”
“A inquietação, a impaciência e a irritação são emoções que para nada servem. Os que as sentem com intensidade afirmam que são incapazes de as dominar, e eu tenho a impressão que elas não podem ser vencidas senão com um pouco dessa resignação fundamental de que falámos anteriormente.”
“Um certo género de resignação está compreendido na disposição para enfrentar a verdade tal como ela é; essa resignação, embora de princípio possa causar sofrimento, acaba por dar uma protecção – em verdade a única protecção possível – contra os desapontamentos e desilusões a que está sujeito aquele que se engana a si próprio.”
Bertrand Russel
domingo, 17 de outubro de 2010
"A Conquista da Felicidade", parte 2.6 (Os interesses impessoais)
“Um homem de ciência, por exemplo, deve manter-se a par das investigações que se realizam na sua especialidade. Em relação a tais investigações os seus sentimentos manifestam tanto calor e vivacidade como em relação a qualquer outra coisa intimamente relacionada com a sua carreira; mas é com espírito completamente diferente, não profissional, menos crítico, mais desinteressado que lerá qualquer livro sobre as investigações feitas num ramo científico diferente do seu. Mesmo que tenha de fazer algum esforço intelectual para acompanhar a leitura, apesar disso essa leitura será para ele uma distracção por não estar ligada às suas responsabilidades. Se o livro lhe interessar, esse interesse é puramente impessoal, num sentido que não se pode aplicar aos livros sobre a sua própria especialidade.”
“A não ser no sono, o consciente nunca repousa para o subconsciente amadurecer gradualmente os problemas inquietantes. (…) O que é repousante nos interesses exteriores é o facto de não exigirem qualquer acção. Tomar decisões e exercer a sua vontade é bastante fatigante, especialmente quando é necessário fazê-lo apressadamente e sem o auxílio do subconsciente. Têm razão os que pensam que ‘a noite é boa conselheira’ e que devem dormir primeiro antes de tomar alguma decisão importante, mas não é somente no sono que o processo mental do subconsciente pode realizar-se. Pode igualmente realizar-se quando o consciente está ocupado em qualquer outra coisa. O homem que consegue esquecer o seu trabalho quando este finda e não pensa mais nele até ao dia seguinte, fá-lo-á provavelmente muito melhor do que um outro que se atormente a pensar nele em todo o tempo de descanso. E se tiver outros interesses além do seu trabalho, ser-lhe-á muito mais fácil esquecê-lo quando é preciso. É essencial, no entanto, que esses interesses não ocupem as faculdades já exaustas por um dia de labor.”
“Um dos defeitos do moderno ensino superior é desenvolver em demasia a instrução de certos ramos do saber e muito pouco o enriquecimento do espírito e do coração por uma imagem imparcial do mundo.”
“Um homem de grande vitalidade e com gosto de viver passará por cima de todos os infortúnios, porque nele renasce sempre, depois de cada revés, o interesse pela vida e pelo mundo, o qual não pode ser limitado ao ponto de tornar uma perda fatal. Ser vencido por uma perda, ou mesmo por várias, não deve ser admirado como prova de sensibilidade, mas sim deplorado como falta de vitalidade. Todas as nossas afeições estão à mercê da morte que pode ceifar, a cada momento, aqueles que amamos.”
Bertrand Russel
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Nurturing
Embrace the spirit and you will help to build stronger individuals, families and communities.
domingo, 10 de outubro de 2010
"A Conquista da Felicidade", parte 2.5 (O trabalho)
“Os seres humanos diferem profundamente entre si no que respeita à tendência para olhar a sua vida como um todo. Alguns fazem-nos espontaneamente e consideram essencial à felicidade poderem fazê-lo com satisfação. Para outros a vida é uma série de incidentes sem ligação, sem movimento definido e sem unidade. Suponho que os primeiros são mais capazes de alcançar a felicidade do que os outros, pois vão construindo gradualmente as circunstâncias que lhes podem dar satisfação e auto-respeito, enquanto os outros serão arrastados ao sabor dos ventos dos acontecimentos, agora para um lado, logo para outro, sem nunca chegarem a qualquer porto. O hábito de considerar a vida como um todo é indispensável à sabedoria e à verdadeira moral e é uma das coisas que devem ser encorajadas pela educação. Propósitos firmes não são suficientes para tornar a vida feliz, mas são condições quase indispensáveis de uma vida feliz. E um propósito firme realiza-se principalmente no trabalho.”
Bertrand Russel
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Opportunity
You release the power of spirit by seeking to create and discover opportunities in every circumstance. Seize the opportunities you find, and you will help to create a better world for all.
domingo, 3 de outubro de 2010
Aprender com o Quintino Aires sobre fraquezas emocionais
Estes 4 minutos de emissão de rádio deviam ensinar muito a muita gente:
http://www.rtp.pt/web/podcast/gera_podcast.php?prog=3037
(ouvir o programa do dia 15 de Setembro)
Será assim tão difícil de perceber onde está o limite, o fim? Será assim tão difícil ser assertivo?
Tal e qual...
"não me considero religioso porque não sigo nenhuma doutrina. Tenho prazer em ser um livre-pensador e aproveitar de cada prática o que me parece melhor. (...) A generalidade das religiões deixou-se envolver pelo negócio e as pessoas vivem antes da curiosidade."
Luís Portela
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