Como está o meu espírito? Há dias em que me sinto alegre, outros furiosa, outros maravilhosa, outros desiludida. Entendo que poderemos conhecer-nos melhor se compreendermos essas sensações. Este blog é o meu dia-a-dia de sentimentos. Partilhem as vossas sensações e sensibilidades também.
sábado, 28 de agosto de 2010
"A Conquista da Felicidade", parte 2.2 (O gosto de viver)
“O apetite está para a comida como o entusiasmo está para a vida.”
“Quanto mais objectos de interesse um homem tem, mais ocasiões tem também de ser feliz e menos está à mercê do destino, pois se perder um pode recorrer logo a outro. A vida é demasiado curta para nos permitir interessarmo-nos por todas as coisas, mas é bom que nos interessemos por tantas quantas forem necessárias para preencher os nossos dias.”
“O espírito é uma máquina estranha que pode realizar as combinações mais extraordinárias com os materiais que lhe são oferecidos, mas sem esses materiais do mundo exterior é impotente. (…) Por isso, o homem cuja atenção se desvia para dentro de si nada encontra digno de observação, ao passo que o homem atento a tudo o que o rodeia pode encontrar em si próprio, nos raros momentos que contempla a sua alma, um conjunto de elementos, os mais variados e interessantes, para serem examinados e reunidos em motivos belos ou instrutivos.”
“Em todas estas situações diferentes, o homem com gosto pela vida tem vantagens sobre aquele que não o tem. Sabe mesmo tirar proveito das experiências desagradáveis.”
“Entre as mulheres, menos hoje do que antigamente, mas ainda em larga medida, o gosto pela vida é em grande parte diminuído por uma errada concepção da respeitabilidade. Considera-se inconveniente eu as mulheres manifestem grande interesse pelos homens, ou que dêem provas de demasiada vivacidade em público. Ao aprenderem a não se interessar pelos homens, aprendem também, com frequência, a não se interessar por coisa nenhuma a não ser por certa forma de procedimento correcto. Adoptar uma atitude de inactividade e de receio em relação à vida é adoptar claramente uma atitude contrária ao gosto de viver e encorajar o interesse pela sua própria pessoa, tão característico nas mulheres altamente respeitáveis, especialmente, quando são pouco cultas. Não se interessam pelos desportos como os homens, nem fazem caso da política; em relação ao sexo masculino, a sua atitude é de reserva afectada, e em relação às outras mulheres, de surda hostilidade, baseada na convicção de que todas são menos respeitáveis do que elas.”
“Para a mulher, como para o homem, o gosto de viver é o segredo da felicidade e do bem estar.”
Bertrand Russel
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