quinta-feira, 11 de novembro de 2010

I am who I am


Se há coisa que não consigo ser é hipócrita... A minha cara denunciar-me-ia logo... Outra coisa que não consigo ser é incoerente... O meu cérebro chamar-me-ia à razão... Por isso, a minha vida e as minhas emoções continuam a ser regidas pelo triângulo C: cabeça-coração-corpo.
Tudo o que o meu corpo faz, o coração e a cabeça autorizam. Tudo o que o meu coração sente, o corpo colabora e a cabeça aceita. Tudo o que a minha cabeça pensa, o coração interpreta e o corpo exprime.
Adriana

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Negócios da China!

Compreendo que os objectivos de quem anda nestas “andanças” não sejam todos iguais, acredito até que alguns até têm boas intenções. Porém, continuo a achar todos aqueles colóquios de auto-ajuda, de desenvolvimento pessoal uma aldrabice, uma seita de comércio de conceitos bonitinhos!!!

É como aqueles bombons de recheio intragável que vêm embrulhados nos papelinhos dourados, barulhentos e chamativos para as criancinhas.

A finalidade até que é boa, mas a partir do momento que se “vendem” e “compram” pacotes de “como alcançar o sucesso profissional” (ou amoroso), tudo se transforma, para mim, em pura “burlice”.

Desejo a todos os que acreditam a maior felicidade do mundo e, caso eu esteja enganada, me mostrem isso mesmo. Enquanto isso, vou desenvolvendo as minhas capacidades profissionais, sociais e académicas, esforçando-me para ser uma melhor pessoa a cada dia que passa, com uma fortaleza emocional e espiritual dentro de mim. E esse segredo é exclusivamente meu, não se aplica a mais ninguém.
Adriana

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A felicidade presente


Ao longo destes 6 meses, partilhei o resumo que fiz do livro "A Conquista da Felicidade", de Bertrand Russel.
É um livro simples, que dá muito ensinamentos da forma como evitar a infelicidade e alcançar a felicidade. A felicidade que ele fala não é aquela sensação temporária e efémera, é aquele sentimento diário de tranquilidade, paz e amor.
Espero que tenham gostado.
Adriana

"A Conquista da Felicidade", parte 2.8 (O Homem Feliz)


“Há coisas indispensáveis à felicidade da maioria dos homens, mas são coisas simples: a alimentação, a casa, a saúde, o amor, o êxito no trabalho, o respeito das pessoas que nos rodeiam. Para alguns, ter filhos é também essencial. Quando tais coisas faltam, somente o homem excepcional é capaz de alcançar a felicidade.”

“Quando as circunstâncias exteriores não forem manifestamente desfavoráveis, o homem deve ser capaz de alcançar a felicidade, se as suas paixões e interesses forem dirigidos para o mundo exterior, em vez de se concentrarem em si próprio. Devemos pois procurar, tanto na educação como nos esforços de adaptação ao mundo, evitar essas paixões egocêntricas e adquirir afeições e interesses que impeçam os nossos pensamentos de se fixarem perpetuamente em nós próprios.”

É o medo a principal razão que torna os homens tão relutantes em aceitar a verdade dos factos e tão desejosos de se envolverem no manto quente do mito.

“Além disso, os que se aludem a si próprios geralmente têm, no fundo, a consciência de que o fazem, e vivem em permanente estado de apreensão, com receio de que um acontecimento desagradável os obrigue a encarar a verdade.”

O homem feliz é o que vive objectivamente, o que tem afeições livres e interesses vastos, o que garante a sua felicidade com esses interesses e afeições, pois eles, por seu turno, tornam-se objecto de interesse e afeição para muitos outros.”

“Os moralistas tradicionais, por exemplo, dirão que o amor deve ser desinteressado. Em certo sentido têm razão, pois o amor não deve ser egoísta em excesso, mas, segundo toda a evidência, deve ser de tal natureza que a felicidade do próprio indivíduo esteja ligada ao seu sucesso.”

“Graças a tais interesses, um homem acaba por se sentir simples elo da corrente da vida e não sólida entidade isolada, à maneira das bolas de bilhar que não têm qualquer relação umas com as outras a não ser quando se chocam. Toda a infelicidade resulta de uma desintegração ou falta de integração; há desintegração no Eu por falta de coordenação entre o consciente e o inconsciente; há falta de integração entre o Eu e a sociedade quando os dois não estão unidos pela força dos interesses e afeições objectivas. O homem feliz é aquele que não sofre de nenhuma destas faltas de unidade, cuja personalidade não está dividida contra si própria nem em conflito com o mundo. Um tal homem sente-se cidadão do universo, goza livremente o espectáculo que ele lhe oferece e as alegrias que lhe permite, sem se perturbar com o pensamento da morte, porque realmente não se sente separado daqueles que vierem depois dele. É nessa união profunda e instintiva com a corrente da vida que se podem encontrar as alegrias mais intensas.”
Bertrand Russel