quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Momento 1



Revi o filme “O Piano”.

A primeira vez que o vi foi há mais de 10 anos, estava eu na flor da adolescência. Lembro-me que já nessa altura achei o filme brutal e que mexeu muito comigo… ao ponto de ficar com receio de o voltar a ver: penso que terá sido pelo turbilhão de emoções, sensações e uma certa “adultez” que já sentia e que ficaram potencializadas. Eu era apenas uma adolescente com cabeça de adulto.

Mas esse tempo já lá vai.
Anteontem foi um reviver. Não foi um “apenas reviver”, foi mais forte.
Há filmes assim, que devem ser guardados para os momentos acertados.

Em duas horas, vi esperança, liberdade, paixão carnal, ansiedade, amor, sacrifício, ciúme, ternura, sensatez, família… (e poderia continuar).
Desta vez, parece que consegui atribuir uma maior importância a cada uma destas realidades, talvez por as já ter vivido e por ter a certeza de que tudo só depende de mim (antes desconfiava, não tinha real certeza).

No entanto, algo mais está diferente: vejo agora este filme com uma doçura que antes iria parecer-me patética. E essa doçura deve-se aos simples factos de não ter qualquer barreira a impedir-me os sentimentos e a querer abandonar a racionalidade (quando era adolescente, era muito mais durona e racional do que sou hoje).

Enfim, posso concluir que perdi o medo de rever o filme…

Adriana

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