domingo, 16 de maio de 2010

Hope


"By looking to the future and pursuing your dreams with optimism, you will discover the power of spirit to transform dreams into reality."

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ser sensitiva e agradecida



Apesar de gostar muito de Massive Attack e de já ter estado presente em dois concertos, incrivelmente não conhecia esta música.
Fiquei a conhecê-la esta semana, graças à Rádio Nova. É uma cover da música homónima de William de Vaughn (1974) e está presente no primeiro álbum "Blue Lines" de 1991.
A letra não é nada de especial, é até um pouco mediocre. No entanto, a música, a sonoridade, o embalo, não pode deixar indiferente alguém neste mundo. A mim não deixa, de certeza...

Sou muito sensível a este tipo de manifestações... Diria antes sensitiva. Mexe comigo. Não consigo ficar insensível, não consigo ignorar, não consigo manter a frieza. Fico com um daqueles sorrisos marotos, fico bem-disposta, suspiro por dentro (se estou sozinha)...
Aii, enfim...

Porém, o título da música é muito inspirador, ou melhor, outro tipo de inspiração!!! Faz-nos pensar como às vezes somos mal agradecidos com a vida que temos, com as pessoas que nos rodeiam (e mesmo com os bens materiais que são mais do que suficientes).

O maior desafio é associar o título ao vídeo: confesso que fiquei muito intrigada, mas penso que consegui chegar lá...


Massive Attack - Be Thankful For What You've Got

Sungjae | Vídeo do MySpace


domingo, 9 de maio de 2010

"A Conquista da Felicidade", parte 1.1 (O que torna as pessoas infelizes?)



“Se o leitor é infeliz, está naturalmente preparado para admitir que a sua infelicidade não é uma excepção. Se é feliz, pergunte a si mesmo quantos dos seus amigos o são.”

“Liberte-se do seu próprio eu e deixe-se penetrar sucessivamente pela personalidade das pessoas que o rodeiam. Descobrirá que cada uma dessas multidões diferentes tem as suas inquietações próprias. Na azáfama da hora do trabalho, verá ansiedade, concentração excessiva, dispepsia, falta de interesse por tudo que seja alheio à sua luta, incapacidade para se divertir, ignorância a respeito dos seus semelhantes. Em qualquer estrada num fim-de-semana, verá homens e mulheres que gozam vida confortável, alguns mesmo bastante ricos, empenhados na perseguição do prazer. (…) todos os ocupantes de todos os automóveis vão absorvidos pelo desejo de ultrapassar o carro que vai à frente, mas não o podem fazer por causa da multidão; se o seu pensamento se evade dessa preocupação, o que pode suceder àqueles que não vão ao volante, um aborrecimento irreprimível apodera-se logo deles e marca nas suas feições o habitual descontentamento.”

“Observe agora as pessoas num local de diversões nocturnas. (…) Julga-se geralmente que a bebida e a intimidade conduzem à alegria; assim, as pessoas embebedam-se rapidamente e procuram não reparar quanto os seus companheiros lhes desagradam. (…) Tudo o que o álcool faz por eles é libertar-lhes o sentimento de culpa, que a razão abafa nos momentos normais.”

“O meu propósito é sugerir um remédio para a vulgar infelicidade do dia-a-dia, de que sofre a maior parte dos habitantes dos países civilizados, e que, não tendo verdadeira causa exterior que a determine, se torna ainda mais difícil de suportar por parecer inevitável. Creio que esta infelicidade é devida em grande parte a erradas ideias sobre o Mendo, erradas éticas, errados hábitos de vida que provocam a destruição desse gosto natural e desse apetite pelas coisas realizáveis de que depende afinal toda a felicidade, tanto dos homens como dos animais.”

Quando a vaidade é levada a um tal ponto, não há interesse sincero noutra pessoa e por consequência não pode haver real satisfação no amor.”

“O amor do poder, tal como a vaidade, é elemento importante na natureza normal do homem e assim deve ser compreendido; torna-se deplorável somente quando é excessivo ou está associado a uma percepção insuficiente da realidade.”

“As causas psicológicas da infelicidade, é claro, são muitas e variadas, mas todas têm alguma coisa de comum. O homem infeliz típico é o que, tendo sido privado na juventude dalguma satisfação normal, acaba por apreciar essa satisfação mais do que qualquer outra, e imprime assim à sua vida uma direcção unilateral, obstinando-se na sua realização sem tomar interesse pelas actividades a ela ligadas. Há, porém, outro tipo, muito comum nos nossos dias, o do homem que se sente tão profundamente descontente, que não procura nenhuma satisfação, mas sim a distracção ou o esquecimento. Torna-se, então, um devoto do “prazer”. Isto quer dizer que procura tornar a vida suportável vivendo-a menos.”

“Os homens que são infelizes, como os homens que dormem mal, mostram-se sempre orgulhosos por esse facto.”

“Suponho que muito poucos homens recusariam deliberadamente a felicidade se vissem um meio de a conseguir.”
Bertrand Russel

sábado, 8 de maio de 2010

"A Conquista da Felicidade", parte 0



"Este livro não se destina aos eruditos nem às pessoas que encaram um problema prático simplesmente como motivo de conversação. Nas páginas que se seguem, não se encontra uma filosofia profunda nem uma vaga erudição. O meu único desejo foi reunir algumas observações inspiradas pelo que julgo ser o bom senso. Todo o mérido que reivindico para as fórmulas que ofereço ao leitor reside no facto de serem confirmadas pela minha própria experiência e observação e de terem aumentado a minha felicidade sempre que agi de acordo com elas. Por isso ouso esperar que alguns dos muitos homens e mulheres que sofrem sem se conformar com o seu sofrimento nelas encontrem o diagnóstico do seu mal e descubram os meios de lhe dar remédio. Foi na convicção de que muitas pessoas que são infelizes poderiam tornar-se felizes graças a um esforço bem dirigido, que escrevi neste livro."
Bertrand Russel, prefácio de "A Conquista da Felicidade"

Tem sido este o meu cavalo de batalha.

domingo, 2 de maio de 2010

Fazer o que ainda não foi feito



Há uns tempos ouvi da boca duma pessoa brilhante esta consideração "Quem ama não trai".
Facilmente pensarão que isto foi dito por alguém que foi traído e, com o orgulho ferido, acabou tudo com o companheiro(a).
Nada mais errado: foi exactamente o contrário o que se passou.

Este desabafo foi tido por uma pessoa que traiu. E aquele acto único foi a luz que iluminou o caminho que recusava ver.
Foi o interruptor que fez o clic para a mudança. Foi a visão do óbvio: aquele amor tinha acabado há muito, já não passavam de duas pessoas que viviam debaixo do mesmo tecto.
(E estava ao seu alcance não desrespeitar e enganar aquela pessoa e abençoar os anos que tinham sido felizes juntos.)

Adriana

sábado, 1 de maio de 2010

Ora aí está...



"Os homens que nos seguem com o olhar são os que merecem ser amados. Não estou a falar dos senhores dos andaimes, estou a falar dos homens que, às vezes, não tendo muito mais para nos oferecer, oferecem-nos tudo o que têm e num olhar pode estar o mundo inteiro. Deles.
Lembrei-me dessa intensidade do olhar pelo oposto disto. Pelos arrogantes que, julgando ter o mundo na mão, nem se dão ao trabalho de olhar, de seguir, de pairar. (...)
Os homens que nos seguem com o olhar às vezes não têm cartão de crédito nem conhecem o leasing, mas depositam em pouco mais do que um frame a vontade de amar."
Cidália Dias, 24 de Abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

O Poder da Intuição



"Quantas vezes, quando colocados perante uma escolha, decidimos quase de imediato, sem necessidade de racionalizar uma resposta? E em quantas outras não perdemos demasiado tempo a procurar uma resposta certa, apenas para perceber, no final, que deveríamos ter seguido o nosso instinto inicial? Graças à intuição, este "sentimento de saber sem saber porque se sabe", na definição do psicólogo americano Seymour Epstein, navegamos pela vida muitas vezes como um avião comercial: em piloto automático.(...)

Quando os humanos desenvolveram a fala, não abandonaram simplesmente o sistema de aprendizagem não-verbal através do qual vinham fazendo a sua adaptação ao meio ambiente. Por isso, operamos segundo dois sistemas: um verbal, que nos permite pensar mais abstractamente e raciocinar logicamente; e outro não verbal, automático, emocional.(...)

Devemos confiar nas primeiras impressões, mas é bom desafiá-las de tempos em tempos, para evitar decisões influenciadas pelos estereótipos."
in Única, 10 Abril 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Horóscopo para esta semana



“Vai tentar esconder sentimentos e emoções pois acha que no fundo não tem a compreensão dos outros. Este momento é mais voltado para o lado espiritual, emocional e sonhador da vida. Não se preocupe se tiver alterações de humor e de comportamento. Tudo tem que ver com o período de introspecção por que está a passar, do qual irá colher frutos no futuro.”

Será que o Paulo Cardoso anda a seguir-me? Ou será que ando a aparecer na bola de cristal dele? É que acertou no ponto... Assumo tudo o que está escrito acima.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um mágico no peito



Ao longo dos últimos dias, tive oportunidade de observar muitas pessoas que me estão próximas; tive oportunidade de observar muitas formas de felicidade, muitas formas de alegria, muitas formas de encarar a vida, de desafiar, de… Bem, de fazerem de conta que vivem.

Só porque comem, bebem, riem, mostram-se, muitas formas de esconder os medos, de não encarar o desafio, de não agarrarem o touro pelos cornos.

Eu sei que cada um é feliz à sua maneira e que não devo condenar as pessoas que vivem de forma diferente da minha e que são felizes quando eu não seria naquela situação. MAS NÃO ESTOU A FALAR DISSO.

Estou a falar do faz-de-conta, estou a falar do filme As Horas, estou a falar dos ensinamentos que aquele filme oferece, estou a falar daquelas pessoas que fintam a vida…

Um dia escrevi aqui que nada me deixará mais feliz do que chegar a velha, cheia de rugas e artroses, e contar aos meus netos o quanto eu sou e fui feliz, o quanto me realizei, o quanto é importante ignorar rótulos e opiniões externas, o quanto é fundamental não viverem para se mostrar. O importante é sermos nós, não vivermos na mentira e não vivermos na dúvida de sermos felizes. Quando somos felizes, nós sabemos, nós sentimos, não precisamos de ir à procura de nada, a vida existe na nossa vida. O Sol brilha e reparamos; o vento sopra e sentimos; a chuva cai e refrescamos.

As estrelas iluminam a nossa noite e a noite existe para descansarmos para o dia que também existe e é nosso. As nuvens ensinam-nos que as sombras são fundamentais para compreendermos o nosso tamanho, os relâmpagos acordam-nos da vigília da vida adormecida, o orvalho pinta as flores com cores que sorriem os nossos olhos, as folhas torradas no chão lembram-nos que estamos a caminhar e que o fazemos de pé, de cabeça para a frente. O pólen faz-nos espirrar o sistema que Deus criou e que funciona sem darmos conta. Os animais existem para nos dar conforto e a responsabilidade como se fossem nossos filhos.

Nós somos especiais, porém só merecemos sê-lo se justificarmos com suor, com lágrimas, com sorrisos a vida que esse tal Deus nos deu.

Têm sido tão fantásticos estes dias… têm sido mesmo. Sinto-me abençoada.

Adriana
(escrito a 20 de Fevereiro de 2010)

sexta-feira, 2 de abril de 2010